Perguntas frequentes sobre poluição

 As plantas geneticamente modificadas provocam poluição genética?

Para responder essa pergunta, é preciso um melhor entendimento sobre o que é poluição genética. Contaminação ou poluição genética nada mais é que o cruzamento de plantas transgênicas com espécies naturais. O cruzamento se dá pela troca de gametas entre uma espécie geneticamente modificada e uma espécie com seu genoma natural. Podem ocorrer diferentes formas de contaminações genéticas, sendo uma delas via polinização cruzada cuja a estrutura reprodutiva da planta, o grão de pólen, é transportado pelo vento ou até por insetos para outra planta de mesma espécie. Diferentemente da contaminação genética, na contaminação via física, inicialmente não ocorre a troca de gametas, mas apenas a mistura de sementes geneticamente modificadas no lote. No entanto, após o plantio de lotes com sementes misturadas pode ocorrer o cruzamento entre plantas e assim propiciar a formação de novas espécies. Esse tipo de poluição é devido a diversos fatores como:

  • Máquinas, sejam elas plantadeiras ou colheitadeiras, que não foram devidamente limpas antes de realizar o plantio;

  • Transporte de lotes de sementes por caminhões que contenham restos de sementes modificadas propiciando a mistura.

     

     

     

 

 - De que forma é que a poluição a Norte gera pobreza a Sul?

O “declínio do ambiente”, entendido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), como “alterações físicas, químicas e ou biológicas no ecossistema que tornam insuportáveis a vida humana de forma temporária ou permanente” - denuncia claramente a relação do Homem com a Natureza. Esta implicação é ainda mais visível quando nos referimos a sociedades fortemente dependentes do cultivo da terra. Milhares de pessoas, no mundo, são gradualmente afectadas pela redução de bolsas de água potável, desertificação, deterioração dos solos, subida do nível do mar. As populações mais lesadas são geralmente as mais pobres nos países em desenvolvimento, ainda que não produzam metade dos índices de poluição dos países industrializados.

 

 

 

Por exemplo, no caso da Guiné-Bissau em 2007, o Sudoeste do país foi invadida por uma vaga de gafanhotos, que destruiu as colheitas no município de Titi, o que colocou evidentemente em causa a segurança alimentar no Sul, considerado como o “celeiro do país”. A ajuda de parceiros para o desenvolvimento no país foi imperativa no sentido de combater a calamidade, através de produtos fitossanitários. Ainda assim,  apesar dos esforços, a situação alimentar encontra-se deficitária devido à falta ou à irregularidade das chuvas, num contexto em que a agricultura constitui um sector fundamental no relançamento da economia do país, na medida em que ocupava mais de 79% da população activa em 2002, face a 4,2% da população empregada no sector secundário.

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  O que é o mercado voluntário de emissões de carbono?

O mercado voluntário de emissões de carbono refere-se a entidades (pequenas e médias empresas, ou indivíduos) que podem adquirir créditos de carbono, através de donativos a projectos de cooperação e desenvolvimento sustentável, nomeadamente no Sul.

 

 

 

 

 

 

 

 Em que medida os projectos da INDE combatem as emissões de carbono

 

No âmbito da intervenção da INDE em Lospalos (Timor Leste) – integrada no projecto “Antigo Mercado” co-financiado pelo IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento) - foi desenvolvida uma acção de introdução de fogões melhorados em famílias do distrito de Lautem. Os fogões permitem nomeadamente uma redução do consumo de lenha e uma diminuição de emissões de carbono através da melhoria de combustão. Um projecto semelhante na Nicarágua demonstrou que cada fogão permite uma redução de emissão de cerca de uma tonelada por ano e por família. Embora não tenha havido ainda, no caso de Timor, uma avaliação das emissões, será seguro afirmar que o volume de redução é em muito semelhante.

 

 Emissões de carbono